Volúvel


Volúvel

Vitor Souza da Silva

Na treva da noite venho eu, homem sozinho
Arrastando meu caixão trazendo a tortura
Com a grande dor do auge da amargura
Respingando lágrimas no imenso caminho.

Não me importa o lixo da sua opinião!
Observa-te como o frio é mais seguro
Para arrastar meu caixão nesse mundo impuro
Como um carinho nas grades da prisão.

Não quero mais saber de tuas propostas
Uma rajada de facada em minhas costas
Tornou incrivelmente de meu ser algo raro!

Minha força para com a subsistência,
Modificou meu ver de toda uma existência
Eu arrasto meu caixão nas ruas de barro!

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